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domingo, 4 de novembro de 2012

O momento mágico do escritor

Qual é o momento mágico de quem escreve? Aquele em que o texto flui leve feito pluma ao vento, docemente escorrendo pelos dedos, vindo diretamente do coração e da mente? Aquele em que esse texto finalmente - após longa e ansiosa espera - é escolhido por um editor querido, que nos comunica via email que o original foi aprovado? Aquele em que nos vemos frente a frente com nosso novo "filhote" - a primeira vez que tocamos o livro pronto, que é quase como ver o rosto do bebê recém-nascido. Todos esses são mágicos, sem exceção. Mas há um outro, indescritivelmente mágico, talvez mais ainda para quem, como eu, escreve para crianças bem novas: o dia do encontro com o leitor. 

Crianças pequenas são formidáveis, em todo sentido. Crianças pequenas que gostam de livros, são mais formidáveis ainda. Estar numa escola que completa oitenta e cinco anos e ser uma das escritoras homenageadas por essa comunidade pedagógica; ter o livro escolhido para olhar os oitenta e cinco anos que se passaram e parar para pensar qual é a escola em que esses pimpolhos desejam estudar... é sublime. 



Trabalhos lindos, maquetes incríveis, desejos revelados sem qualquer cerimônia: ""Na escola que eu quero pra mim, em primeiro lugar, todos devem se respeitar!" . Nessa maquete havia uma rampa com um cadeirante. Foi desejo de uma criança de sete anos, do segundo ano do fundamental. 






Bom é plantar sementes de tolerância, respeito e alegria desde cedo. Melhor ainda é ver o resultado inicial dessa semeadura, considerando que as turmas trabalharam com A ESCOLA QUE EU QUERO PRA MIM desde o começo do ano e fizeram a culminância do projeto agora. O resultado real, bem o sei, virá daqui a alguns anos.

Só tenho palavras de agradecimento ao Colégio São Paulo de Teresópolis, que me proporcionou a honra de participar de seus oitenta e cinco anos de existência, através do trabalho com meu livro, na Semana Literária.